segunda-feira, 28 de junho de 2010

Penso, lembro, recordo...
Músicas, fotos, fatos...
Dança, abraços, toques...
Olhos, boca, lóbulo...
Dúvida, certeza, insegurança...
Sorriso, lágrima, dor...
Medo, hipótese, ato...
Desespero, revolta, acomodação...
Tristeza, comodismo, recomeço...
Embora ainda lateje não sofro mais como antes!!!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

"As pessoas falam coisas, e por trás do que falam há o que sentem, e por trás do que sentem, há o que são e nem sempre se mostra."

Caio Fernando Abreu

domingo, 20 de junho de 2010


Por algumas horas pensei que a dor fosse cessar, pensei que a ferida aberta não mais sangraria, pensei que meus olhos não seriam mais dominados por lágrimas constantes, pensei que talvez até um sorriso ameaçasse surgir em meu rosto... Pensamentos equívocos... A dor que parecia cessar estava somente adormecida, e num instante retornou, com maior força, disposta a dilacerar tudo... A ferida aberta agora jorra sangue, sangue que transborda de todo meu ser, por cascatas de lágrimas abundantes em meus olhos, por meus poros, por meu rosto marcado pela expressão da dor... As coisas parecem não ter mais sentido, não sei como continuar, não sei por onde recomeçar...

sábado, 19 de junho de 2010


Queria que o sono me dominasse por um longo tempo, que minhas pálpebras repousassem, meu coração desacelerasse, meus músculos relaxassem, e minha alma suspirasse, não um suspiro de alívio, mas sim um suspiro de esperança. Não quero que tudo se resolva com a facilidade que se apaga uma palavra e se escreve outra, não espero que tudo tenha um final feliz, quero apenas insistir em continuar, quero que o chão volte a estar abaixo de meus pés, quero admirar a lua como antes, quero contar às estrelas cadentes meus desejos secretos, quero mergulhar em um mar de vida e não de lágrimas... Meu corpo está cansado, busca por um lugar de repouso e não encontra, chora, grita, se desespera, nada adianta, talvez se adormecesse seria melhor, corpo, alma... Talvez os devaneios do sono sejam melhores...

terça-feira, 15 de junho de 2010


Tenho pensado na vida, naquilo que ela poderia ser e não é, naquilo que a deixei se tornar, naquilo que não tive escolha e simplesmente decidiram por mim... Me pergunto o que fiz pra merecer tudo isso, ou o que não fiz pra que as coisas tenham chego onde estão... Repenso os dias, as semanas, os anos, as coisas sempre desmoronando, essa angústia sem fim, o conto de fadas que só dá errado, o final feliz que nunca existe... Tenho pensado no passado, me condeno e me condenam, tento mudar, não sei se é pra bom ou ruim, erro, me arrependo, erro de novo, me sinto um ser desprezível, me desprezam em silêncio, com o olhar, com as ações, queria tanto recomeçar do nada, bem longe, onde ninguém lembre o que fiz nesses últimos vinte quatro anos, nem eu mesma... A insanidade me rodeia, busca uma simples brecha para me dominar por completo, sinto que apenas um fio me sustenta, tão fino e delicado com um fio da teia que a aranha tece, laços de sangue me amparam, tenho medo que não aguentem o peso... Meu passado parece não ser mais meu, mas mesmo sendo assim pago pelos erros que vivi, tenho pensado tanto na vida, que passa, dia após dia, apenas passa... Tenho pensado tanto na morte...

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Sentir essa dor todos os dias não tem sido fácil, por que as coisas tem que acontecer assim??? Tenho chorado tanto, a angústia me sufoca o dia todo, mas é a noite que ela reúne todas suas forças e sempre tenta me dar o golpe final, tento resistir, mas minhas forças estão fraquejando, o medo, a dor, o horror me inunda quando o sol se põe, às vezes quero gritar, mas sei que será em vão, nada que eu faça irá mudar essa realidade, só resta me conformar, o que tem sido difícil... Luto como posso, sobrevivo como dá... Tenho me torturado remoendo lembranças, e tentando chegar onde errei, por que tudo acabou como está, me sinto um ser tão desprezível, um nada... Vejo a vida passar e sinto que sou uma mera telespectadora, talvez seja isso, apenas vejo a vida passar, não vivo...

"A vida era muito dura. Não chegávamos a passar fome ou frio ou nenhuma dessas coisas. Mas era dura porque era sem cor, sem ritmo e também sem forma. Os dias passavam, passavam e passavam, alcançavam as semanas, dobravam as quinzenas, atingiam os meses, acumulavam-se em anos, amontoavam-se em décadas — e nada acontecia. Eu tinha a impressão de viver dentro de uma enorme e vazia bola de gás, em constante rotação."

(Caio Fernando Abreu)

segunda-feira, 7 de junho de 2010


E você volta e descobre que algumas coisas continuam como você as deixou, e outras conseguiram se transformar em algo que você sente que não vai dar conta...

ESTOU COM MEDO!!!

quarta-feira, 2 de junho de 2010


Partindo de viagem, partindo cada dia mais o coração, partindo, partindo...
Se a cada partida fosse possível deixar o que aflige, e a cada volta encontrar as bagunças resolvidas, não só as bagunças de fora, mas as de dentro... Partir sem medo de nada, sem insegurança, sem lágrimas, sem náuseas, sem desespero, sem sentir-se só, será que isso é realmente possível... Embora o retorno seja breve, a angústia sempre desnorteia, o medo, a insegurança, como se a simples presença pudesse controlar os acontecimentos, como se pudesse controlar o mundo... Por que você é assim menina tola? Por que tanta insegurança? Por que tanto medo? Confia mais, acredita, tenha mais fé...