sexta-feira, 2 de julho de 2010

Tratado sobre o Eu, o Outro e a Insanidade


Não faz tanto tempo assim, minhas lembranças confusas, meu Eu parece não ser mais o mesmo Eu de pouco tempo atrás, seu Eu parece ser outro Eu que nunca conheci, talvez nunca tenha conhecido seu verdadeiro Eu, talvez nunca tenha sido o que pensei ser... Devaneios ou recordações? O que vaga em minha mente? Alucinações? Que seja, melhor assim, melhor o passado insano que a decepção, melhor saber que seu Eu nunca foi o que meu Eu achava conhecer, melhor saber que seu Eu sempre foi cercado pela mediocridade, que seu Eu sempre pensou só em si, egoísta, narcisista, egocentrista... Melhor saber que seu Eu é imaturo aos vinte e poucos, talvez ele nem saiba que já chegou lá, talvez seu ápice seja sempre os quatorze... Futilidade, ridicularização dos sentimentos alheios... Moralidade não presente em seu Eu passado, presente, quem sabe futuro... Seu Eu inocente? Não sabe o que aconteceu? Ou talvez o cinismo esteja a transbordar dele... Meu Eu não quer jamais parecer com seu Eu, meu Eu quer o fim dessa hipocrisia, meu Eu retira dele tudo que seu Eu possa ter causado, deixado, meu Eu recomeça livre e espera jamais confiar no seu Eu...

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