segunda-feira, 26 de julho de 2010


Passos apressados, vozes histéricas, estressadas, melancólicas, olhares raivosos, insanos, nostálgicos, puros, prósperos, sutis, vazios... pés que se cruzam, ombros que se chocam, olhos que se olham, se reconhecem... ela queria dizer oi, e começar o assunto com aquelas frases prontas, Quanto tempo! Como você está? Ainda mora naquele lugar? ou quem sabe tentar falar sobre um amigo em comum, mas não conseguia lembrar de nenhum nome, queria falar sobre o último telefonema, Sabe não atendi sua ligação aquele dia porque não ouvi o telefone tocar, sei que parece uma desculpa, mas foi o que realmente aconteceu! Te liguei depois, mas você não atendeu, liguei diversas vezes, até que um dia ouvi a mensagem do outro lado dizendo que o número não mais existia. Às vezes releio sua carta, guardada entre as páginas da agenda antiga, seis anos se passaram desde aquele réveillon, a passagem do ano já não tem mais o mesmo encanto! Sua carta com aquela canção, às vezes fico cantarolando-a por horas, junto a ela o envelope com a minha resposta, sim eu respondi sua carta naquela mesma noite, ensaiei colocá-la no correio por diversos dias, não tive coragem, a fraqueza me dominou! Insegura que sou tive medo de te fazer sofrer com uma decisão precipitada, tive medo de que abandonasse seus sonhos, mas naquela noite era o que eu mais queria, mas fui covarde... ela covarde que é, desvia o olhar, abaixa a cabeça e segue transbordando em lágrimas.

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