domingo, 23 de maio de 2010


Graciosa, delicada, meiga, e se a bailarina não for nada disso, e se tudo for substituído pela tristeza, melancolia, nostalgia... Uma bailarina que um dia acordou e percebeu que não sabe mais dançar, tem seus vestidos, suas sapatilhas ainda estão lá, mas a dança, essa se foi, por mais que ela tente, chore, grite, nada irá resolver, apenas se foi, talvez para sempre...
E como a estória dessa bailarina é totalmente diferente das outras, nessa hora desesperadora, de quem ela esperava força pra continuar, pra relembrar, pra aprender, pra abraçar e secar suas lágrimas com os lábios dizendo que tudo vai ficar bem, ele também se foi, não o soldado de chumbo como diz a canção, mas sim aquele que é quase humano, diferenciando-se apenas porque carrega em seu peito pedra gélida, talvez essa seja sua parte de chumbo, o que ele diz ser um coração...

“E pra minha poesia é o ponto final
É o ponto em que recomeço,
Recanto e despeço da magia que balança o mundo
Bailarina, soldado de chumbo
Bailarina, soldado de chumbo
Beijo e dor...
Bailarina, soldado de chumbo”
(Fernando Anitelli)

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