domingo, 13 de novembro de 2011

O Desengasgar, O Vômito e a Cólera

Edvard Munch, O grito

"Escrever é enfiar um dedo na garganta. Depois, claro, você peneira essa gosma, amolda-a, transforma. Pode sair até uma flor. Pode sair até uma flor. Mas o momento decisivo é o dedo na garganta." (Caio F.)

Talvez tudo seja uma constante alucinação. Despedidas, abandono, solidão... Velhas angústias que insistem em rodear. Os pesadelos constantes que se dissipam para a insanidade do dia. A lembrança do que amedronta... O nó na garganta que nunca se desfaz, decepções, seguidas decepções, comigo, com você, com o mundo... Aqui todos são culpados!!! Sim, você também tem a sua parcela de culpa! Magoa, despreza, ignora... Quero arrancar-te de mim, puxar suas raízes venenosas, mas você as fixou muito bem, e quando as puxo se alastram ainda mais, talvez não exista solução, talvez me consuma até o fim... Não tente abster-se da culpa fingindo que eu não falo de você. Lembre-se de tudo o que fez, não seja um ser ainda mais egoísta, hipócrita... Não gaste suas palavras dissimuladas comigo, use-as para manipular outra mente...
Há tanta mágoa consumindo...
Tenho suportado essa hipocrisia a tempos, chega de farsas, de “sorrisos amarelos”, chega de “bom dia”, a verdade é que a tempos desejo que seu dia seja o que você realmente merece. Que seu dia seja o reflexo da destruição que você faz ao meu dia, que prove do ácido que oferece aos outros dizendo ser mel.

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