segunda-feira, 29 de novembro de 2010


Um texto feliz? Quem sabe um dia! Devaneios, insônia, textos, cinismo, mensagens... Dissimulados! Quanta farsa, ilusão, para quê? O que querem de mim? Causar sofrimento? Deitem suas cabeças em seus travesseiros e comemorem a noite bem dormida, pois eu já não durmo bem há meses... Vivam e me deixem em paz, me esqueçam... Chega de hipocrisia, assumamos nossas culpas, afinal nada será como antes, não se pode voltar ao passado, e o presente jamais acontecerá sem que alguém seja infeliz... Chega de angústia, de meias palavras... Quero despir-me dessas lembranças!!!

terça-feira, 16 de novembro de 2010


Pupilas dilatadas, olhares insanos, agitados, procuram em meio à escuridão... Animais que rodeiam, possuem mais humanidade que muitos que se dizem humanos, observam sem aproximar-se... Reflexos rápidos, vozes distantes, insanidade... Alucinações noturnas, insônia e mais uma noite...

sábado, 13 de novembro de 2010


Os dias são sempre nostálgicos... As mesmas noites mal dormidas, os pesadelos constantes, as lembranças de bons momentos que nunca voltarão, se perderam para sempre... Segue sem rumo, vive do passado, de suas lamentações, talvez seja uma proteção... Prefere chorar pelo que se perdeu porque sabe que nada terá que fazer para mudar... Tem receio do presente, não assume sentimentos, apenas se protege enquanto a vida passa...

quarta-feira, 3 de novembro de 2010


Vestiu a velha camiseta, um verde já desbotado pelos anos que passaram e, como sempre acontecia, as lembranças vieram... olhou-se no espelho, como o tempo passou depressa, quantas marcas em seu rosto, sua expressão já não é a mesma, parece dura, ríspida, mas na realidade tenta apenas disfarçar a tristeza... sentou-se no sofá para mais um fim de tarde monótono olhando a TV sem que nada realmente lhe prendesse a atenção...
- Garanto que você tem saudade! disse a voz de outra pessoa sentada no sofá a sua frente.
- O que disse? responde assustada.
- Garanto que você sente saudade! afirmou novamente a voz.
Nada responde, apenas submerge em suas lembranças...
Sempre apressada descia a escadaria, mal cumprimentava as pessoas e corria para abrir a sala, por alguns segundos perdia-se com tantas chaves e chaveiros, enfim localizava a certa, dois giros com a chave na fechadura, um empurrão forte na porta, e a total escuridão que exalava a costumeira mistura de cheiros, o lanche esquecido por alguém sobre o balcão, os copos abandonados com vestígios de suco, as garrafas pet vazias no velho carrinho de compras... Em poucos segundos a luz invadia o local, o computador era ligado, as mudanças semanais, discutidas na segunda, eram expostas no mural, as pessoas aos poucos chegando, o silêncio quebrado... Passos apressados desciam as escadas, risos, muitas vozes soavam ao fundo, eufóricas, enérgicas, vivas... Alguns segundos depois, junto as vozes, o quicar das bolas...
- Todos os dias! responde após suas lembranças.
- O que disse? pergunta a voz da pessoa sentada no outro sofá.
- Sinto falta, todos os dias! responde encerando o assunto.
Alguns dias, veste novamente a velha camiseta verde, liga seu computador, olha a caixa de entrada de seu e-mail, sua atenção alerta para uma mensagem “Projeto...”, ao ler a angústia domina, sufoca, tortura... E o futuro que sonhavam, buscavam, o que aconteceu? Gritam por ajuda e ninguém se prontifica, esperam por uma reviravolta que ninguém sabe se vem...