quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Flor de ir embora...


Tentativas de mudanças, sem lamentações, sem tanto sofrimento, sem textos... Abandono de um blog como marco do fim da acomodação e início de muitas transformações, ou talvez só a busca pelo que foi ficando no caminho... Momentos de reflexão, de relembrar como é bom a companhia dos amigos, seja na chuva fina que caía na praia, nos passeios de bicicleta, no breu rompido apenas pelas luzes alucinógenas de nossas lanternas... Reunir a família, saudades e abstração... Voltar a rotina, mas qual rotina? Não será a mesma! Uma cadeira vaga no estacionamento pela manhã, sem compras depois das aulas, sem All Star branco, sem livros estranhos, flores de fuxico, picolé de limão, apelidos criativos... A separação chegou antes do esperado, equipe multi incompleta, falta a personagem dos contos, do desenho, do filme mesmo que ele seja de terror... Uma voz me dizendo que “as vezes as coisas boas são também ruins”... A partida em busca de novas realizações, a despedida sofrida dos que devem aqui ficar... Ficamos com o velho "muro das lamentações”, sentados em sua sombra ouvindo a melodia que um dia neste mesmo lugar você revelou...


Flor de ir embora
É uma flor que se alimenta do que a gente chora
Rompe a terra decidida
Flor do meu desejo de correr o mundo afora
Flor de sentimento
Amadurecendo aos poucos a minha partida
Quando a flor abrir inteira
Muda a minha vida
Esperei o tempo certo
E lá vou eu
E lá vou eu
Flor de ir embora, eu vou
Agora esse mundo é meu
(Fátima Guedes)

E ele é todo seu Ana!!!